terça-feira, 9 de novembro de 2010


Você sabe amar? Eu não sei! Muito difícil aceitar as pessoas assim como elas são e muito menos do que eu desejo que elas sejam. Achei que amava, mas percebi que não, pois entendo que o amor perdoa, lança fora mágoas e apaga as cicatrizes gravadas no coração ferido e aquilo que eu sentia não foi suficiente para fazer isso acontecer.

O bem da verdade, acho que sei amar na mesma medida que sei tantas outras coisas, como por exemplo, política, quando na verdade tudo que tenho são algumas opiniões sem muita fundamentação ideológica que por vezes não seguem muito bem um parâmetro de coerência. Sei que sou de esquerda e defendo o socialismo, mas do jeito que as coisas estão, difícil apontar o que é esquerda e o que não é, ou então dissociar o capitalismo de todos os outros “ismos”. Digo que gosto de boa música e aí se encaixa um pouquinho de tudo. Mas música boa é puro gosto pessoal e por aí vai com um monte de outros assuntos que acho que sei, que domino e no final das contas, sei bem pouco ou conheço quase nada. E assim é com o amor.

Não sei amar e não sei se alguém sabe, mas acho que sim. Tem gente que realmente parece saber o que fazer, onde colocar as mãos, o que dizer e quanto tempo esperar, em que momento calar, eu não sei nada disso. Todo mundo que conheço tem uma ou duas ou mil histórias de corações partidos e dor imensurável. Por essas e outras acredito que seja impossível que minha alma gêmea vá aparecer justamente na minha vida. Ou que ela tenha nascido em algum lugar próximo a mim, ou que trabalhe no mesmo lugar que eu, que tenha mais ou menos a mesma idade, os gostos parecidos, que fale a mesma língua, que seja do sexo oposto... Não, não dá! Teria que ser muita coincidência!

Por mais contraditório que possa parecer eu sinto tanto amor... Por tudo! Não por uma determinada pessoa e nem por uma coisa particular, mas é transbordante. É um amor destrambelhado e sem medidas, que segue torto e atropelando tudo, quebrando tudo, deixando dívidas, dando enormes dores de cabeça, mesmo com todos esses estragos, será que ainda assim é amor?

Esse amor que sinto pode ser resumido em um velhinho tocando sanfona no semáforo. Ou então em uma criança gordinha chorando pelo sorvete que caiu no chão. Ou naquele momento em que as pessoas se tornam únicas. Poderia ser um sorriso. Um cão preso à coleira. O terço no túmulo dos meus avôs... Tanta coisa que transmite e traduz esse amor.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Recado para D. Tereza


Esta noite a febre veio mais forte. Não sei conter ou amenizar os sintomas que me fragilizam, não mais que a saudade que eu sinto agora. Eu precisei tanto de você. Do seu colo, seu afago, de você me levando na benzedeira pra tirar tudo de mau que havia dentro de mim. Ai como doí, como eu queria que você estivesse aqui e que toda essa dor pudesse passar com água benta e um sinal da cruz feito por sua mão enrugada. Já são 10 anos sem você. Será que nunca irei me acostumar? Me deixou órfã do amor mais terno e verdadeiro que eu já tive na vida. Um amor que pedia um abraço macio, uma barra de saia e paciência infinita... Do que sinto mais falta não sei dizer, mas hoje eu só precisava do aconchego dos seus braços cansados. Sua presença me acolhia. Era olhar pra você e trazer de volta tudo aquilo... Você não dizia nada, mas eu sabia. Hoje, o que eu sei é que saudade assim não dói todo dia. Mas quando dói, abre o peito da gente e se mistura a outras dores residentes. Eu pedi tanto. E sabia que você não faltaria. Aquele machucado no joelho, foi você quem cuidou. Aquela garganta outrora inflamada como agora foi tua fé e teu cuidado que curou. Eu tive certeza que só um curativo feito por você me acalmaria essa inflamação de agora. Obrigada por embalar meu sono mais uma vez.




"Me mostre um caminho agora
Um jeito de estar sem você
O apego não quer ir embora
Diaxo, ele tem que querer."

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Um pouco sobre mim.... e sobre muita gente!!!

"Quem não compreende um olhar, tampouco compreenderá uma longa explicação!"
Mário Quintana



Nunca consegui dormir em rede. Tenho fios de cabelos brancos desde os 14 anos. Já caí no sono sem tomar banho. Fiquei muito triste quando percebi que não era mais criança. Pelo menos uma vez por semana fico mal humorada (A Sheilinha que o diga!). Faço amigos com muita facilidade. Apego-me às pessoas com mais facilidade ainda. Adoro estudar e mais ainda de ler e escrever. Sonho acordada todos os dias. As vezes falo demais e outras tantas falo pouco ou quase nada. Detesto dentista. Já fiz duas cirurgias, preciso fazer outra e vou adiar o quanto puder. Não jogo lixo na rua. Preocupo-me verdadeira e demasiadamente com quem eu gosto. Não tenho medo de altura, mas prefiro manter os pés bem firmes no chão. Nunca passei um trote. Nunca saí do Brasil e diferente de muitos sonhadores metidos a besta não pretendo fazer isso tão cedo. Tenho muito mais pesadelos do que bons sonhos. Não me agrada a possibilidade de levar vantagem em cima dos outros. Ouço todos os tipos de música. Fico cansada facilmente. Adoro supermercado. Compro quase tudo que oferecem nos ônibus e sempre ajudo as crianças malabaristas dos semáforos. Sou intolerante ao extremo com injustiças. Já fui doente de ciúmes, hoje em dia nem tanto. Muitas e muitas vezes prefiro me calar para evitar discussões, mas poucas vezes submeto meus pontos de vista e convicções a mudanças. Aprecio uma boa companhia. Gosto do gosto da cerveja, as vezes prefiro vodka, mas fico muito tempo sem um ou outro e não sinto a menor falta. Adoro jogar conversa fora e conversar com meus amigos. Prefiro o frio ao calor e não suporto o clima seco. Sou muito sincera e transparente e me decepciono muito quando não são comigo. Defendo quem eu amo com unhas e dentes e somente por eles sou capaz de arrumar briga. Sempre como o recheio das bolachas primeiro. Nunca sonhei com o dia do meu casamento e talvez por isso ele não tenha acontecido. Choro a toa. Sinto vergonha pelos outros. Adoro alface. Apesar de já ter tido prova de que as vezes não vale a pena, acredito muito no ser humano e em sua boa vontade para com o próximo. De vez em quando finjo não ouvir o telefone tocar. Já fiquei com alguém sem vontade e já beijei outros por falta de opção. Urbana até o último fio de cabelo, não curto mato, roça e afins. Sou mãe sem nunca ter parido. Amo cozinhar e faço a melhor torta de frango da cidade. Detesto miojo e Yakult. Já me senti bem perto da morte. Adoro dirigir. Já cobicei o homem alheio e algumas vezes fui correspondida. Amo sapatos. Já comi muita marmita fria. Tenho dois irmãos e a melhor irmã do mundo. Não sou muito fã de piadas, mas admiro o humor ‘stand up’ criativo. Adoro desenho animado. Tenho medo dos felinos. Amo ler revistas, até as de adolescente. Já senti culpa sem ter e já me omiti quando sabia que tinha. Não gosto de guaraná e seus derivados. Detesto melancia. Tomo leite com Toddy todos os dias até hoje. Já enfiei o pé na jaca. Gosto muito mais de dar presentes do que de receber. Sempre que é preciso peço desculpas e sei voltar atrás quando erro feio com alguém. Nunca arrumei confusão. Amo farinha e milho verde. Nunca mudei de casa. Já pensei em largar tudo por causa de alguém (ainda bem que não fiz). Amo alguém que mora em outro estado. A única vez que colei, foi numa prova de física no ensino médio. Já me fizeram de besta. Acredito que minha mãe virou uma estrela, mora perto de Deus e lá do alto vê tudo o que faço. Nunca plantei bananeira. Já fui traída e trocada. Já tive sentimentos ruins que até hoje não descobri o nome deles e por isso desejei muito mal a uma pessoa, afirmo que este é o pior sentimento do mundo e que nunca mais quero voltar a sentir. Sou uma legitima criada com vó. Não sou apegada a grana, mas fico muito mal quando falta. Meu melhor amigo é tetraplégico e há muito deixamos de ser só amigos para nos tornarmos irmãos, com todo significado que a palavra traz. Já adulta tive um feijãozinho plantado num algodão e chorei por não ter o cultivo prosperado. Já fiz tempestade em copo d’agua. Sempre olho nos olhos quando falo com alguém. Já experimentei fumar e quando lembro o gosto sinto ânsia. Adoro filme brasileiro. A primeira vez que andei em um brinquedo de parque de diversões, foi há uns três anos e esta é a melhor recordação de uma história que acabou tragicamente. Tenho medo de trovão e de solidão. Trabalho há 11 anos, nunca fui demitida e estou no meu quinto emprego. Fiz o Segue-me há 14 anos e até hoje tenho tios, tias, primos e afilhados daquela época. Já atropelei uma mulher e fui parar na delegacia. Já magoei pessoas que eu amava. Muitas vezes sou ingrata e outras tantas desleixada. Já pedi para o tempo correr e outras tantas vezes também para ele parar. Já prometi coisas sabendo que nunca cumpriria tais promessas. Já me decepcionei com Deus e depois vi que eu é que não fui fiel o suficiente. Já enrolei no trabalho e já matei aula sem motivo só pra ficar dormindo. Já fui de penetra em festas. Não costumo dar ouvidos à minha intuição mesmo sabendo que ela nunca falha. Sou irônica, muitas vezes indevidamente e sarcástica onde este não cabe. Amo cachorro e tenho sentido falta de ter um. Sou madrinha de Crisma da Suele e do Hugo, mas não tenho afilhados de batismo ainda. Tenho primos que moram longe, até fora do Brasil, mas que fazem aquela falta. Já trabalhei de madrugada. Quando tinha sete anos brincava sozinha de jornalista e entrevistava minhas bonecas. Nunca fui fã da Xuxa, aliás, nunca fui fã de ninguém. Já tive que empurrar meu carro e trocar pneu na chuva. Só ouvi barulho de tiro uma única vez e acho que não sei reconhecer. Fui catequista por três anos e estes foram sem dúvidas os melhores da minha vida. Aos 14 anos meu melhor amigo do colégio morreu após uma queda de um cavalo e demorei muito tempo para aceitar porque os jovens morrem. Nunca consegui concluir uma doação de sangue, sempre desmaio antes. Nunca andei de patins. Sei nadar, mas tenho pavor de água corrente. Já realizei um sonho de consumo. Já me importei excessivamente com o que iriam pensar a meu respeito e a maturidade me ensinou que não importa o quanto eu me esforce nunca vou conseguir agradar a todos. Entendi que a busca incessante por qualquer coisa é insana seja felicidade ou juventude é desperdício de tempo e de energia. Amo passar os fins de semana com minha família. Tenho uma excelente memória. Não sou de frescurinhas, mas tenho minhas manias e vontades.

Mesmo sabendo disso tudo muitas e muitas vezes fico me perguntando: qual meu papel nesse universo? Qual a pretensão de Deus em me trazer a este mundo e me manter viva até agora? Qual a minha missão nessa imensidão de possibilidades?

E você, já sabe o que veio fazer por aqui?


"É curioso como não sei dizer quem sou.
Quer dizer, sei-o bem, mas não posso dizer.
Sobretudo tenho medo de dizer porque no momento em que tento falar não só não exprimo o que sinto como o que sinto se transforma lentamente no que eu digo."
(Clarice Lispector, sempre Clarice!)

domingo, 10 de outubro de 2010

Marisa Monte - Infinito Particular

Meu infinito particular

Meus segredos velo.
Aos meus afetos me entrego.
Sem a menor pretensão de que aconteça
Sem medo de que me aborreça
Acontecem tantas coisas que não tento mais entender
Apenas deixo que seja em mim o que tiver de ser
São invenções, conclusões à toa
Coisas bobas, coisas minhas, assim na boa
Delirante, mas não deixo que nada se acumule
Acúmulo de sentimento, de segredo... Nada
Tudo se transforma
Se permiti que acontecesse
Se ousei tentar algo novo
Nunca sabemos o que nos espera
Mas podemos deduzir pelo que plantamos
A vida é complexa por ser cheia de deduções
Por não termos a menor idéia do que virá
Mas que graça teria ela, se assim não fosse
Viver é tão arriscado e não viver tão frustrante!
Me apaixono todos os dias
Por pessoas que não conheço, por lugares que descubro
Pelos amores que já tenho...
E cada vez mais, sinto vontade de me sentir apaixonada
Cada vez mais desejo passar mais tempo contando as estrelas
O tempo, infinito de possibilidades..
Me dá sabedoria para aproveitar os bons momentos, sabendo
Que um segundo atrás é diferente do que vivo agora
Que por minha vida passam pessoas especiais que amanhã não poderão mais estar comigo
Que posso aprender com as lágrimas
Cada segundo em meu infinito particular vale a pena
E depende da presença da energia
Da cor, do vento, da natureza e de tudo que amo
Porque ser feliz é possível, e compartilhar a felicidade é ainda mais emocionante...

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Para o meu cheirinho...

Eu queria mesmo era ter capacidade de fazer um poema bem bonito para você.
Mas acho que essa coisa por ser tão grande só cabe numa coisa simples e pequena, que só a gente entenda.
Nesse instante me lembro de suas mãos e, por um momento, fui tomada pelo seu perfume ainda em mim a cada vez que respiro fundo.
Você não acreditou que eu ainda estaria ali, não quis confiar que aquelas palavras, ditas em outro momento era a mais pura verdade.
Confesso que também não confiei, as palavras expressavam o que eu tinha de melhor para lhe oferecer naquele momento, mas não podia acreditar que um dia eu pudesse sentir seu calor novamente.
A vida, as circunstâncias e principalmente nossas escolhas nos fez ir por rumos distintos. Cada um segue seu caminho, em suas escolhas eu não estava incluída. A bem da verdade nas minhas, você também não aparecia.
Mas mesmo sendo assim quando fecho os olhos consigo te ver, teu sorriso, teu olhar. Então fica combinado assim, essa coisa simples e grandiosa ao mesmo tempo, que está aqui no meu peito, vai permanecer em mim.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

"Há uma primavera em cada vida: é preciso cantá-la assim florida, pois se Deus nos deu voz, foi para cantar! E se um dia hei-de ser pó, cinza e nada que seja a minha noite uma alvorada, que me saiba perder...para me encontrar.... "(Florbela Espanca)


Final de setembro é época complicada para mim. Todo ano é assim. Nunca me acostumo. Associo o momento ao falecimento da minha avó há dez anos. Além disso, odeio esse clima seco que sempre me presenteia com uma gripe e a cada ano com uma alergia diferente e olha que nasci aqui nesse deserto chamado Distrito Federal.

Gosto de ficar olhando os galhos ressequidos das árvores que imploram por chuva, eu também imploro... Apesar de adorar o sol, de achar que grande parte da perfeição da criação se traduz com o sol, sua beleza e sua grandeza. Queria chuva, mesmo com a melancolia que ela carrega.

Até porque a magnitude das obras de Deus não se revela apenas na existência do sol, mas mais ainda no mistério da vida humana e de suas possibilidades. Quanto a isso não posso reclamar, estou cercada de vida e de novas vidas. Meu lindo anjo Miguel, que ao sorri me faz feliz todos os dias, e desfaz qualquer incerteza da possível inexistência divina. Os bebês que vêm vindo aí (da Tati, Raquel, Lucélia...) e os que já estão por aqui, como a pequena Júlia há um ano. Transmite-nos luz, cor, calor, alegria e equiparam-se ao imponente sol.

Hoje já é primavera, que a beleza da estação das flores amenize os efeitos do clima de deserto que vivemos nos últimos dias e que a vida, simplesmente o valor maior, o reflexo de Deus, fruto do mais perfeito amor Dele por nós seja sempre celebrada com a certeza da plenitude e perfeição desse mistério.

"Aprendi com a primavera... deixar-me cortar e voltar sempre inteira!" (Clarice Lispector)

quarta-feira, 4 de agosto de 2010


Sou Lidiane Martins, filha do meio de Luiz e Maildes, neta de Terezinha, de Odília e dois Josés, irmã de outro José e de Liliana. Prima de aproximadamente 30 pessoas. Família grande e como muitas cheia de relacionamentos mal resolvidos, cuja reunião é quase um estudo de campo. Tento aprender, todos os dias, a ver o mundo de uma forma nova e única que me possibilite entender as diferentes necessidades do outro e suas projeções sobre a vida e as relações com o mundo. Minha família me ajuda nesse aprendizado. Somos unidos e respeitamos muito o fato de que cada um tem um pensamento, um sentimento, várias visões e razões.

Acredito na educação como ferramenta única de transformação, do ser humano e da sociedade como um todo, para iniciar uma nova fase no planeta que chamamos de nosso, mas que na verdade é apenas um local de passagem pelo qual temos a obrigação de melhorar e manter para as próximas gerações.

Procuro entender que relações sociais bem equilibradas são fontes de prosperidade. Busco oportunidades para desenvolver minhas habilidades de relacionamento, para entender como as relações se interligam em diferentes ambientes e plataformas de contato, como o ambiente corporativo, profissional e familiar. Esta busca por entender o outro e seu comportamento me leva a buscar alternativas para divulgar o que entendo. Idealizar e aos poucos construir esse blog faz parte deste projeto de aprender a me relacionar com o mundo. Tudo isso, entretanto, ainda é muito incipiente, assim como eu. Meu maior trabalho está por vir. Sou consciente disso. Graças a Deus!

Tenho paixão por cultura. E antes que me rotulem: Não sou “Nerd” nem intelectual. Mas gostaria de poder ampliar o acesso cultural às comunidades marginalizadas pela sociedade de consumo. Tenho um sonho de um dia, pegar a Denise pelo braço, uma máquina fotográfica, um gravador e ter oportunidade de registrar as diferentes formas de manifestações culturais do nosso Brasil e mostrar a todos. Compreender e ilustrar as formas como o brasileiro entende sua cultura, como comemora suas festas, como respeita seus mortos e lida com as influências e diferenças. Sonho em viajar o Brasil, de norte a sul (acompanhada de uma boa comunicadora e também por isso incluo a Denise nesse sonho) e registrar o que acontece em nosso território para mostrá-lo a quem ignora ou desconhece esta realidade.

No que depende de mim me aproximo cada vez mais das pessoas, do homem como matéria-prima do mundo moderno. Estudo, questiono, registro as formas que encontro de manifestação cultural e de como o homem interage tais manifestações. É o que sei fazer: Observar, falar com pessoas, procurar entendê-las, mostrar como são, como podem melhorar suas vidas e a vida do outro.

domingo, 1 de agosto de 2010


Mais um pesadelo.
É tudo muito estranho. Ver tudo revirando.
A Sensação, os sentimentos, a impressão de que se está em um sonho.
O Brunno disse que uma época em que ele teve muitos pesadelos só o que resolvia era ler a bíblia.
Não funcionou.
Mesmo sabendo que é só um sonho ruim, que vai acabar e que você vai acordar.
A sensação de vazio, de perda de razão, a vontade de ficar sozinho.
As caminhadas longas sem nenhum sentido, a vontade de ir caminhando até onde suas pernas aguentarem e para onde te levarem.
Sem rumo certo, sem destino…
O medo da loucura, que se instala aos poucos.
A cada dia, que passa rápido, às vezes sem pressa nenhuma.
A dor invisível e ao mesmo tempo palpável.
O aperto no peito, a incompreensão.
A traição. A mentira.
Os sentimentos negativos que vão e vem e querem ficar.
Raiva, decepção, ódio, desgosto, angústia, todos eles misturados em um só.
A dúvida e a incerteza de que se tudo poderia ter sido diferente.
Tudo poderia estar mudado.
A total incapacidade de mudar.
A necessidade de aceitar o inaceitável.
Os pensamentos em total desequilíbrio, a fuga, o disfarce, a máscara e o teatro.
Cada cabeça uma sentença, sim! Cada um com seu modo de pensar e de ver as coisas.
Meu modo de ver as coisas não me ajuda em nada, só me sufoca e me escraviza.
Queria ir embora, ou melhor, seria, nem ter vindo!!!

sábado, 31 de julho de 2010


De vez em quando caio na real e percebo que não sei nada da vida. Absolutamente NADA.


Cheguei à aula e de cara me irritei com a embalagem vazia de todynho que o Gustavo sempre coloca na cadeira, ele diz que é para guardar meu lugar. Já sugeri que ele coloque um caderno, mas ele insiste que a embalagem tem o mesmo efeito. Nesse dia ele percebeu e antes que eu fizesse, retirou a embalagem. Ficou me olhando por cima dos óculos e disse: “Lidi, a matéria da aula de hoje vai exigir muito da gente: concentração e paciência.” – Então eu vou embora. Soltei sem pensar duas vezes. Ele segurou no meu braço e falou com seriedade e firmeza: “Senta aí!”

Fiquei o primeiro tempo da aula inteiro tentando me concentrar com paciência, mas olhava para o Gustavo e lembrava com incomodo o modo como ele praticamente ordenou que eu me sentasse. Na hora do intervalo avisei que não ia descer por causa do frio, ele disse que traria suco de caju e saiu. Pensei em ir embora, mas fiquei. Acho que mais pelo suco de do que pela aula.

O Gustavo voltou logo, disse que não tinha suco na máquina de refresco e então trouxe de caixinha, porque não sabia qual outro sabor eu preferia. Aí comecei a falar que gostava também do de goiaba, maracujá, mas que não era muito fã das bebidas que tem guaraná... Ele me interrompeu e mais uma vez com seriedade e firmeza falou: “Lidiane, eu quero que você leia um pequeno texto que escrevi e me diga o que acha.”

Li o texto e só consegui dizer que era simplesmente inspirador, de uma maneira que eu gostaria que todos os seres humanos também pudessem ser um pouco.

Embora o que eu queria mesmo era falar que aquele trecho traduzia exatamente o que eu sentia, que transcrevia com fidelidade o que meu coração transbordava.

“Apenas pacifico o que resta de mim, adiante,
sabendo que tudo agrega, e conduz,
numa rede infinita de encontros e desencontros;
Não mais considero cinza ou tristeza
percebo nuances absolutamente novas
e, indescritíveis.

Ao passado: todo o meu amor -
e ao futuro: todo o meu amor também.” (Gustavo F.)

Mais uma lição de que NADA sei, nem mesmo descrever o que sinto, mas também de que a vida sempre traz quem te ensine. Peguei o caderno dele e tive a intenção de escrever ali, algo que pudesse ser inspirador como as palavras dele foram para mim. Queria expressar o quanto tinha sido importante ele me segurar com firmeza, ordenar que eu sentasse e permitir que lesse aquele texto. Mas estava (estou) esgotada, minha “bateria” já fraquinha pelo adiantado da hora e pelo esforço em ser paciente com a aula não me deixou retribuir a altura e transparecer criatividade suficiente. Limitei-me a transcrever uma pequena parte de um trecho do Pequeno Príncipe, que consegui me lembrar na hora:

“– Exatamente, disse a raposa. Tu não és ainda para mim senão um garoto inteiramente igual a uns mil outros garotos. E tu não tens também necessidade de mim. Não passo a teus olhos de uma raposa igual a cem mil outras raposas. Mas, se tu me cativas, nós teremos necessidade um do outro. Serás para mim único no mundo. E eu serei para ti, única no mundo..."

O sorrisinho de canto e seu olhar por cima dos óculos denunciavam que ele havia gostado. Voltei para casa ainda sem saber NADA, mas mais do que nunca entendendo e tendo certeza de que...


domingo, 27 de junho de 2010

Meu aniversário está chegando, mais um ano bom de vida! Abençoado enormemente por Deus.

Em anos anteriores reuni diversas pessoas aqui em casa. Com direito a comilança, convite diferente e pessoas de círculos de amizade distintos, muito mais gente do que eu esperava. Enfim, foi um momento realmente muito especial para mim, mas daquilo tudo apenas ficaram algumas boas lembranças e poucas fotos.

Este ano não quero festa. Quero apenas meus amigos mais próximos e a minha família reunida. De presente quero apenas que Deus, além de tudo que ele me dá diariamente, me ajude a ser uma pessoa melhor. Entendo que sou falha, egoísta, carente e que fico triste muitas vezes, remoendo um passado, uma mágoa, alguém que foi sem se despedir... Sendo assim, que eu consiga retribuir o enorme amor dos que me rodeam, dos que torcem por mim. A torcida tem dado certo, coisas boas vêm acontecendo!

Dia desses eu estava tão de mal com tudo que até o frio me irritava, me agasalhei e nada do frio amenizar, meus pés gelados, meu nariz entupido, tudo conspirava contra, aí recebi da Cris a mensagem abaixo, pode ser que muitos já tenham lido, nem sei quem é o autor, mas algo em mim se acendeu e aqueceu meu espírito, na ocasião, mais gélido que meus pés. Me surpreendo com minha própria determinação, fé, amor e alegria, mas reconheço que as vezes uma simples e temporária condição climática desfavorável me derruba. Esse ano quero, além de ligações inesperadas e de felicitações espontâneas, que eu possa verdadeiramente agradecer e reconhecer o valor da VIDA.


 
Agradecimento a Vida

Se pudéssemos ter consciência do quanto nossa vida é efêmera, talvez pensássemos duas vezes antes de jogar fora as oportunidades que temos de ser e de fazer os outros felizes.

Muitas flores são colhidas cedo demais.

Algumas, mesmo ainda em botão.

Há sementes que nunca brotam e há aquelas flores que vivem a vida inteira até que, pétala por pétala, tranqüilas, vividas, se entregam ao vento.

Mas a gente não sabe adivinhar.

A gente não sabe por quanto tempo estará enfeitando esse Éden e tampouco aquelas flores que foram plantadas ao nosso redor.

E descuidamos. Cuidamos pouco. De nós, dos outros.

Nos entristecemos por coisas pequenas e perdemos minutos e horas preciosas. Perdemos dias, às vezes anos.

Nos calamos quando deveríamos falar; falamos demais quando deveríamos ficar em silêncio.

Não damos o abraço que tanto nossa alma pede porque algo em nós impede essa aproximação.

Não damos um beijo carinhoso "porque não estamos acostumados com isso" e não dizemos que gostamos porque achamos que o outro sabe automaticamente o que sentimos.

E passa a noite e chega o dia, o sol nasce e adormece e continuamos os mesmos, fechados em nós.

Reclamamos do que não temos, ou achamos que não temos suficiente.

Cobramos. Dos outros. Da vida. De nós mesmos. Nos consumimos.

Costumamos comparar nossas vidas com as daqueles que possuem mais que a gente.

E se experimentássemos comparar com aqueles que possuem menos?

Isso faria uma grande diferença!

E o tempo passa...

Passamos pela vida, não vivemos.

Sobrevivemos, porque não sabemos fazer outra coisa.

Até que, inesperadamente, acordamos e olhamos pra trás.

E então nos perguntamos: e agora?

Agora, hoje, ainda é tempo de reconstruir alguma coisa, de dar o abraço amigo, de dizer uma palavra carinhosa, de agradecer pelo que temos.

Nunca se é velho demais ou jovem demais para amar, dizer uma palavra gentil ou fazer um gesto carinhoso.

Não olhe para trás. O que passou, passou.

O que perdemos, perdemos.

Olhe para frente!

Ainda é tempo de apreciar as flores que estão inteiras ao nosso redor.

Ainda é tempo de voltar-se para dentro e agradecer pela vida, que mesmo efêmera, ainda está em nós!

terça-feira, 8 de junho de 2010

RECOMEÇO


Decisão tomada, proferida e as perguntas que mais ouvi foram: “Mas você está bem?” e a segunda: “Aconteceu alguma coisa?” e as minhas respostas sempre foram as mesmas: SIM! Eu estou bem. E NÃO! Não aconteceu nada. Verdade que a quem merecia eu sempre complementava a resposta e dizia: Nada pontual, nada decisivo, não houve uma “gota d’água”, mas houve um ponto final. E assim tinha que acontecer um dia.

Findou-se meu tempo na Livraria Cultura. Muito a agradecer e muito a lamentar...
Naquele lugar eu vivi o mais feliz e o mais triste dia da minha vida. Conheci a melhor e a pior pessoa do mundo. Aprendi muito e ao mesmo tempo não aprendi nada que esperava aprender. Mas é isso, as expectativas me pertenciam e só a mim cabia avaliar se foram superadas.
A Lidiane, sempre ácida com as palavras, não podia sair de lá sem dizer nada. Mas faltou muito dizer a quem ficou, além do... “AQUELE ABRAÇO PRA QUEM FICA!”
Um dia, na volta para casa, dentro do ônibus uma pessoa muito importante despretenciosamente, acho eu, me perguntou: “Porque você ainda trabalha na Cultura? É notório como você se tortura todos os dias.” Nem sei se as palavras foram ditas nessa ordem, mas compreendi o que quis dizer. Ele desceu do ônibus e antes, como sempre, disse ainda alguma bobagenzinha maliciosa, que ele sabe que eu adoooro! Fui o restante do caminho pensando nisso, desta vez não em sua maliciosidade, mas sobre o fato de estar a tanto tempo me torturando.
Por um tempo, mais precisamente durante cinco anos eu duvidei, mas com suas palavras percebi que sempre é tempo de recomeçar. Entendi que em qualquer situação posso abrir novas portas, conhecer novos lugares, novas pessoas, ter outros sonhos.
Foi isso que fiz: renovei meu compromisso com a vida e renasci para alcançar a felicidade!
Depois que se toma uma decisão como essa não importa quem te feriu, o importante é que você ficou de pé. Não interessa o que faltou, já que tudo pode ser conquistado, ou reconquistado.
Passei a não me importar com quem me traiu, o importante de verdade, é que eu fui fiel.
Procurei não lamentar por quem se foi e não me esperou ou nem se despediu, cada um tem seu tempo.
Tomar decisões como essa dói e como dói. Não reclamo da dor, ela está sendo minha conselheira e a cada minuto me chama de volta ao caminho.
Enxerguei que o mundo está cheio de novas oportunidades e possibilidades. Entendi tudo o que quis me dizer dentro daquele ônibus: “As portas se abrem para os que não têm medo de enfrentar as adversidades da vida, para os que caíram, mas se levantam com o brilho de vitória nos olhos!”
O medo é inevitável, porque não sei ainda o que vou encontrar lá na frente, se será necessário voltar, mesmo derrotada. O que importa é que sei que há um caminho. O que tenho hoje é uma legião de bons amigos, um sonho na alma, fé no coração e muita esperança na mochila! Obrigada por seu questionamento mordaz e cortante... e


“AQUELE ABRAÇÃO PRA QUEM FICA!”

quinta-feira, 22 de abril de 2010


Tenho tudo que me incomoda tão emaranhado e tão latente que não consigo encontrar palavras que o descreva...
Eu tinha tanta certeza de que tudo ia ficar bem. acreditava realmente nisso. Repetia as palavras da minha irmã como se fosse um mantra: "Nada como um dia após o outro!"
E de repente fico nas esquinas dos meus devaneios procurando onde foram parar essas e outras certezas.
E as dúvidas? Ah, as dúvidas...
Por que haverá sempre um mal estar?
Por que sempre há uma ação ou reação condenatória por parte de quem me rodeia?
Por que me sinto tão pequena e insignificante face aos outros?
Por que me sinto tão inexperiente e com receio de viver?
Por que não sou mais capaz de amar sem temer?
Por que não consigo enfrentar o que me deixa trêmula?
Por que me sinto incapacitada a alcançar algo frutífero?
Por que permito que momentos de fragilidade sejam capazes de abrir feridas que julgava cicatrizadas?
Por que ainda permito que me magoem?
Por que me esforço por manter uma conduta e tentar ser mais compreensiva e ponderada e não recebo o mesmo em troca?


Já mudei tanto...em tempos cheguei a discutir, a gritar e por vezes a concluir que não deveria ser tão exagerada. E agora... Por que é que não recebo do outro lado o mesmo? Se eu me esforço e consigo admitir os meus erros e precipitações, não percebo porque não há um retorno idêntico. Onde estou errando?


"Dê-me apenas o benefício de suas convicções, mas guarde para si as dúvidas. Bastam-me as que tenho."




Johann Goethe

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Respeito ao próximo já!!

Se deres a devida importância ao teu próximo, nunca perderás!
Se tens alguma mínima educação, aplica-a diante dos outros, e se isso te falta, lembra-te de ti mesmo!
Nosso mundo interno é uma lavoura grandiosa que dará frutos compatíveis com o nosso comportamento.
Pense nisso!



terça-feira, 23 de março de 2010

No mês das mulheres, um exemplo de mulher!!!


No último dia 08 foi comemorado o dia internacional da mulher estava mudando os canais da TV aleatoriamente e parei numa emissora qualquer que prestava homenagem a uma senhora. Fiquei curiosa com o pouco que ouvi, mas o programa estava no fim. Não consegui identificar o nome daquela mulher, mas o que assimilei de sua história me atiçou a curiosidade, corri para o Google. Confesso que não foi difícil, mesmo sem saber sequer o nome da senhora, lembrei de já ter ouvido fragmentos daquele discurso em outra ocasião. Sendo assim segue um pouco da história de Adísia Sá e porque me despertou o interesse e ganhou enorme admiração.







Maria Adísia Barros de Sá é natural de Cariré, estado do Ceará. Professora emérita da UFC (Universidade federal do Ceará) e Jornalista profissional desde janeiro de 1955. Primeira jornalista sindicalizada do estado, com 55 anos dos seus 80 de vida dedicados ao jornalismo e ao magistério. Atualmente, a professora Adísia Sá leva o nome da Cátedra de Jornalismo da Faculdade do Nordeste (Fanor), a primeira cátedra da instituição e ainda dá aulas quinzenais sobre Ética e Legislação.



Referência ética para os jornalistas brasileiros, ela afirma: ”O nosso Código de Ética está perdido nos manuais de textos, num item do currículo de nossos cursos de jornalismo, nos discursos de fim de ano, na oratória dos políticos, nas agendas de nossos encontros: não é posto em prática. E sem ele e fora dele, não há salvação para o jornalismo que queremos, precisamos e pedimos nós, profissionais, nós cidadãos, nós Brasil.”



Quando perguntada sobre sua vida afetiva a senhora de cabelos brancos é bem humorada e diz: “Tive namorados... Mas sempre pensava: - Que diabo estou fazendo aqui de mãozinha dada? Vou é para um jornal-. O desafio do ser - humano é ser ele mesmo!” Aceitou o desafio, comprou a briga e se orgulha de ser a mulher que sempre quis ser. “Quando eu era mais jovem, queria ter os olhos da Bete Davis. E vi que não teria. Então, fui ser jornalista mesmo.” Afirma só ter tido um amor na vida e ter se mantido fiel a ele: “Não foi fácil, porque quando você escolhe um caminho, há tantas veredas, que às vezes você é levado a sair do seu caminho. É tão difícil a fidelidade a um amor, imagine se eu tivesse vários.”



Sobre o dia dedicado às mulheres Adísia me emocionou e com enorme bom senso declara: “Meu carinho e respeito às mulheres, que mesmo sem todo este brilho, tem a coragem de viver conforme seus desejos, abrindo novos caminhos, perseguindo novos horizontes. E para aquelas que ainda não se revelaram, meu carinho maior e um conselho: Toma as rédeas de tua vida, ninguém vai vivê-la por ti. Olha em teu íntimo e deixa desabrochar a semente da coragem. Vale a pena ser o que se é. Sempre!”


quinta-feira, 18 de março de 2010

FORÇA E CORAGEM!

         Conheço a Cláudia há alguns anos, ela é psicologa e foi quem me selecionou para trabalhar na Cultura em 2005. Sempre trocamos mensagens pelo orkut, mas nunca mais tivemos oportunidade de nos encontrar. Há alguns dias vi em suas atualizações mensagens que denunciavam que algo não estava bem, de imediato já a inclui em minhas orações e por coincidência, ou coisa de Deus mesmo, no mesmo dia ela colocou naquelas frases de cima da tela uma agradecendo a Deus e aos amigos e dizia que as orações destes estavam dando resultado, que ela estava se sentindo melhor. De lá para cá tentei entender o que ocorria com receio de ser direta e perguntar, uma vez que doenças nos deixam fragilizadas e muita pergunta em nada ajuda. Até que ela falou em quimioterapia e de repente CORAJOSAMENTE  relatou TODO o drama em um blog como esse.
           Como disse a ela, li tudo de uma só vez e me desmanchei em lágrimas. Não apenas com pesar pelo desafio que a querida Maria Cláudia está enfrentando, mas também por sua FORÇA e CORAGEM diante da situação.
          Me vi novamente obrigada a refletir sobre a fragilidade da vida. Nossos dias passam velozes. Não nos adianta toda a segurança do mundo, toda a riqueza e poder.
           Ver a Cláudia superando toda essa dificuldade com esse sorrisão no rosto me fez entender, de uma vez por todas, que devemos viver nossos dias com sabedoria, pois, a vida é uma só. Uma única e poderosa oportunidade para realizarmos projetos grandiosos e enobrecedores, capazes de produzir efeitos enriquecedores nos outros e principalmente em nós mesmos.
           Maria Cláudia segue seu caminho de maneira bela e da melhor maneira possivel, aproveitando cada momento ao lado de quem ela ama e principalmente sabendo sempre agradecer e reconhecer os ANJOS como ela diz, que Deus coloca em seu caminho.
           Cláudia, isso também já lhe disse: FORÇA e CORAGEM lhe sobram, mas Deus lhe dá todos os dias doses extras de motivos para continuar a LUTA. Que sua determinação em terminar o doloroso tratamento aumente cada dia assim como sua imunidade... rs... Risos, risos sim! Assim como ela no dia da quimio...



Visitem o blog da Maria Cláudia: http://www.mclaborne.blogspot.com/ 


quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

E o que esperar de 2010??


A intenção era ter postado este texto bem antes, logo no começo do ano, mas foi um início atribulado. Muito, muito trabalho. O notebook (presentÃO da minha tia Marlise e da Mimi) todo configurado em inglês. O falecimento inesperado e dolorido de minha querida avó. O uso ininterrupto das lentes de contato que me causou uma inflamação ocular braba. Isabel de férias. Alicia distante... E como ela me faz falta...

Mas eis meus desejos para 2010... (acho que ainda está em tempo, afinal como todo bom brasileiro o meu ano também só começa oficialmente depois do carnaval).

Esse será um ano especial e bem movimentado. Teremos eleições e copa do mundo (amo!). Desejo ao meu amado país um ser - humano para governá-lo digno de exercer o papel de chefe de uma nação abençoada por Deus e bonita por natureza e claro a seleção brasileira de futebol hexacampeã do mundo, mas para ser completo quero que a PAZ mundial seja definitivamente conquistada independente de questões religiosas, políticas ou territoriais. Que acabe a FOME no mundo e que enfim possamos dar ADEUS a qualquer tipo de miséria ou sobrevida. A partir deste ano ninguém, mas ninguém mesmo irá dirigir alcoolizado, mesmo que tenha sido só aquela cervejinha (vergonhosamente ainda me incluo na lista dos irresponsáveis que hora ou outra acham que, mesmo sendo o único, aquele chopp do happy hour é inofensivo), todos usarão cinto de segurança e a cultura de parar na faixa e respeitar o pedestre será difundida e assim em pouco tempo as estatísticas de acidentes automobilísticos terão seus índices drasticamente reduzidos e logo o Brasil será EXEMPLO mundial de RESPEITO às leis de trânsito.

A partir de 2010 as adolescentes entenderão, de uma vez por todas, que gravidez nessa fase apenas por OPÇÃO e com o planejamento necessário que pôr uma vida no mundo exige. AIDS e demais doenças sexualmente transmissíveis também terão índices estatísticos diminuídos e os especialistas em saúde otimistas irão declarar que em poucos anos as DST’s passarão a ser uma lembrança apenas.

Será o ano em que preconceito será apenas um verbete no dicionário e não um aguilhão na alma de alguns e todos poderão dar BOAS VINDAS à inclusão social. Os analfabetos terão cada vez mais APOIO e teremos um país em que todas as pessoas saberão ler e escrever. Todos cuidarão do planeta como nunca cuidaram antes e a mãe natureza GENTILMENTE irá retribuir dando trégua às tragédias anistiando anos de destruição desenfreada. Ninguém jogará mais lixo nas ruas e coleta seletiva e reciclagem será algo comum em todas as cidades do país.

Em 2010 os fumantes entenderão definitivamente os malefícios da nicotina tanto para si como para os outros e aprenderão acima de tudo a RESPEITAR a opção de não fumar dos que ainda possuem BOM SENSO. Tráfico de drogas, entorpecentes, órgãos, pessoas e armas deixarão de ser apenas crime previsto no código penal brasileiro e passarão a ser considerados crimes hediondos passiveis de pena de reclusão máxima e quiçá pena de morte.

Neste ano violência doméstica será coisa do passado e a tal lei Maria da Penha cairá em desuso. Os morros e favelas estarão 100% pacificados e os projetos sociais terão apoio suficiente para acolher todas as crianças e jovens do lugar.

Respeito, educação, gentileza, sensibilidade e gratidão sairão da teoria e passarão a fazer parte do dia a dia de todos. As religiões e seus lideres se ocuparão muito mais com o bem estar espiritual da humanidade do que com seus rendimentos dizimais. Haverá vida digna aos nossos idosos e crianças com seus estatutos devidamente respeitados.

Sonhos, vontades, desejos e utopias de quase perfeição! Com um vocabulário distinto, mas não menos rico este texto fez lembrar-me de minhas redações do ensino fundamental em que as professoras repetidamente sempre, no inicio do ano letivo, nos obrigava a escrever o que desejávamos para o ano que começava ou nos incitava a escrever sobre o mundo perfeito. Esse tempo ficou para trás. Disseram-me que a vida é feita de momentos, eu discordo a vida não é feita de momentos a vida e o futuro são feitos de nossas escolhas... Que cada um tenha capacidade e discernimento de escolher sempre o melhor para si, para os outros, para os que virão e para o planeta, assim quem sabe, um dia, alcançaremos com pequenas ações um LINDO FUTURO!

 
"Vida é tudo aquilo que acontece enquanto você está planejando o futuro..."
John Lennon

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Amizade para toda a vida....

Há acontecimentos que não combinam com palavras.
Foram feitos para o silêncio.
Neste momento recorremos aos símbolos e imagens...
Realidades que falam sem precisar dizer nada!!!