quinta-feira, 26 de maio de 2011



Hoje não acordei muito bem. Nada físico, só cansaço resultado das madrugadas sobre os livros...Dia feio, tímido, sem sol. Amanheci chorando. Um pouco de cólica, de saudade... Meio chuvoso, chuva me traz uma melancolia, mas gosto do frio... Uma vontade de pensar sobre as coisas, uma vontade de fazer mais por mim, por você, por todo mundo. De ser melhor, no meu trabalho, com minha família, com meus amigos, com meus estudos... Mas Sem muita disposição para isso.
Questionei de novo minhas escolhas e sempre esqueço que elas estão bem aqui, no coração. Não pense que está no colo de um, na mão de outro. Não se adie, por favor. E não se entregue. Aconteça o que acontecer: não se entregue! Não mude seu jeito por ninguém. Mude suas caras, bocas e trejeitos se quiser, quando estiver a fim. A gente é o que é, e quem não gosta, paciência. Não se traia, não se mude, não se mova. Seja você.
As vezes penso que deveria gostar mais de mim. Mesmo com minhas estranhezas, carências de todos e gêneros e incertezas. Mesmo com meus medos, e eles são tantos, principalmente quando a madrugada chega e o sono não. Tenho medo!
Quanto mais o tempo passa mais percebo o quanto somos pequenos. Tão pouco. Temos tanto o que aprender, o que conhecer. E ao mesmo tempo ficamos estagnados, petrificados. O mundo não para de rodar, nos obriga a decidir, a partir, a ficar, a voltar. E ninguém pergunta o que você quer, como você se sente, o que pretende, o que sonha, se está feliz, satisfeito, se existe algum jeito. Melhor se contentar que há pra tudo um remédio, saída, solução?
Reflita. Se perceba. Se decida. E procure ser feliz hoje. Buscar você mesmo em algum canto. E abraçar, beijar, seguir em frente sem olhar o que ficou e ficará!

segunda-feira, 23 de maio de 2011


Eu sei que deveria olhar para minha própria vida e para meus erros antes de sair por aí dizendo coisas inacreditáveis sobre os outros, antes de querer ser a mulher maravilha imbatível, que sei que não sou, mas tento parecer ser. Mesmo assim por favor, me respeite. Até porque eu nem sempre me respeito e preciso que você faça isso. Muitas vezes me passo a perna, puxo meu próprio tapete, esqueço de mim e de tudo que eu quero, me maltrato. Muitas vezes me machuco de propósito, quando posso evitar e não o faço. Faço-me sofrer gratuitamente. Saboto-me. E me arrependo e me arrependo. Arrependo-me, mesmo. Tento me pedir desculpas, algumas vezes me perdoei, não adianta a gente carregar uma cruz pesada, insuportável, não adianta a gente bater com a cabeça na parede e se ferir, a gente tem que se perdoar. Então, me perdoei.
Posso pedir uma coisa para você? Me perdoe também. Desculpa se às vezes falo sem pensar, se vomito as coisas de uma forma boba, se pareço criança mimada e estúpida, se sou tão cabeça dura a ponto de ficar cega. Desculpa se às vezes fico surtada, emburrada, chorona e carente. Desculpa se meu orgulho é um dos meus piores defeitos. Desculpa se tenho um lado crítico bem mais forte do que deveria. Desculpa se sou ciumenta com as minhas coisas, com minhas amigas e com meus livros. Desculpa se nem sempre eu sou doce como você espera que eu seja. Desculpa se muitas vezes eu faço birra como se tivesse cinco anos de idade. Desculpa se eu não sou uma pessoa tão boa assim. Desculpa, desculpa mesmo. Desculpa se tenho sentimentos estranhos como ira, inveja, preguiça e todos os outros sete pecados capitais reunidos. Desculpa por ter os defeitos que os seres humanos têm e eu não gosto de tê-los!
Quantas vezes eu me culpo: Por que eu não fui mais forte? Por que não segurei a onda? Por que que eu tinha que chorar naquela hora? Na frente de todo mundo? Por que sempre acho que se minha mãe estivesse viva as coisas seriam mais simples? Por que eu não consigo superar essa ou aquela dificuldade? Quantas e quantas vezes me sinto pequena, diferente, louca.
Hoje acordei e me perdoei por ter chorado de medo tantas e tantas vezes e ter sido mal agradecida. Não enxerguei o sol que se escondia atrás das nuvens, não me coloquei no meio da situação como tantas vezes o Leo me ensina. Hoje, aprendi que posso conviver com isso. E que sou mais forte do que fui ontem! Perdoe-se você também e seja mais forte hoje do que fostes ontem! Paz no coração dos homens de boa vontade!

"A dor não pede compreensão, pede respeito. Não abandonar a cadeira, ficar sentado na posição em que ela é mais aguda..." (Fabrício Carpinejar)

domingo, 8 de maio de 2011



Se pudesse escolher mudar algo em mim talvez escolhesse sentir menos e menos e bem menos... Seria bom não ser tão intensa. Não precisa de tanto. Mas não adianta, já fiz promessas de mudar, de aprender a ligar aquele botãozinho do F@#%*, mesmo assim tudo me atinge, me consome de uma maneira arrebatadora, me violenta, me enche de uma alegria estonteante, me faz derramar lágrimas e mais lágrimas e me maltrata de uma forma absurda. Tem jeito não, nasci para ser dramática e intensa.

Estou fadada a ser maltratada. A vida maltrata quem sente demais, acabo sofrendo mais do que quem leva a vida com leveza. Tudo me importa, tudo é exagerado e tudo é sentido no corpo e na alma. E se quem sente muito tem a alma maior que as outras, a minha ultrapassa os limites de mensuração.

Estou longe, mas beeeeem longe mesmo de ser alguém sem defeitos, mas eu sempre agi de acordo com o que o meu coração manda. Depois de algumas decepções eu titubeio certas vezes, penso em agir com a razão e não correr o risco de ser enganada de novo, mas sempre volto atrás.

E essa mania de sentir tudo me faz até sentir dores que não são minha, tomo as dores dos outros, sofro por eles, me preocupo... Mas eu sou assim, esse é meu jeito, eu sempre fui assim e acho vou ser assim para sempre. Acho que não seria tão bom assim ser menos intensa. Já que é para viver que seja assim: INTENSA! Melhor que passar a vida empurrando tudo com a barriga, sem ligar para o próximo, sem se importar com nada, nem com ninguém.

Não sei se as circunstâncias e situações da vida me fizeram ser assim, se eu nasci assim, se o mundo e as pessoas quiseram que eu fosse assim. Só o que sei é que eu SINTO. A realidade me consome e meus sentimentos são intensos e avassaladores, é isso... E basta!

"Sentir é criar. Sentir é pensar sem ideias, e por isso sentir é compreender, visto que o universo não tem ideias." (Fernando Pessoa)

sábado, 7 de maio de 2011

Sobre o dia das mães...



Não gosto das festas comerciais, essas que o capitalismo nos impõe goela abaixo. Mal passou a Páscoa já enlouquecem mudando as vitrines. Saem os coelhos com seus ovos de chocolates e entram mulheres com aspectos de ternura. Nada contra a comemoração, mas tenho minhas implicâncias. É assim com o Natal, dia dos namorados (esse é o pior de todos, oh diazinho mais besta, mais sem motivos para comemorações), dia dos pais e das mães. Tenho enorme e desmedida admiração ao ato materno, tanto que aos 19 anos resolvi me submeter a ele sem ter gerado a criança a quem cuidei (e cuido) como minha. Mas não gosto de ser obrigada a comemorar algo só porque é convencional.

Essa semana conversei muito com uma amiga do trabalho que perdeu a mãe recentemente e temia a data de hoje. Nesse ponto deixo meu romantismo e minha doce forma de me expressar de lado, baixa o super sincero e digo na lata: Doi não ter mãe para comemorar, nem para se desesperar no sábado à tarde porque não comprou o tal presente que a publicidade insiste em afirmar que você tem que comprar. E essa dor vai durar enquanto você estiver viva.

Nunca comprei um presente para minha mãe. Quando ela morreu eu era uma criança e o máximo que dei a ela nos poucos anos que vivemos juntas foram aquelas lembrancinhas de escola. Lembro que o último foi um caderninho de receitas que até outro dia eu usava para preparar algumas delas. Fico vendo minhas amigas saírem para o shopping com suas mães e penso que se fomos, eu e minha mãe, juntas ao shopping alguma vez, definitivamente eu não me lembro.

Nada de questionar os desígnios de Deus. Mas de refletir sobre o verdadeiro motivo de comemoração, que em minha opinião devia definitivamente mudar de nome e passar a ser somente HOMENAGEM. Fica aqui a minha homenagem, o meu CARINHO, meu eterno AFETO e AGRADECIMENTO a TODAS vocês que foram em MUITAS ocasiões a MÃE que Deus não permitiu que eu tivesse... Em primeiro lugar minhas tias que são minhas mães até hoje, meu refugio e exemplo maior: Marlise, Jacqueline e Noemi. A minha madrinha Maria Clara. Às minhas amigas mamães Lucélia, Suele, Sheila, Simony, Cris, Luciene, Tati, Raquel, Luciana, Macelinha, Suzzy, Dani, Fernanda, Francy. Minha Irmã e minha querida prima Cristina e a todas as mães dos meus amigos que generosamente me acolhem Cida, D. Glória, D. Z, Regina, Ana, Eva e Cissa (Que generosamente me intitula a filha que Deus não deu a ela... “Sua filha” te ama!) FELIZ DIA DAS MÃES A TODAS VOCÊS!!!