domingo, 27 de junho de 2010

Meu aniversário está chegando, mais um ano bom de vida! Abençoado enormemente por Deus.

Em anos anteriores reuni diversas pessoas aqui em casa. Com direito a comilança, convite diferente e pessoas de círculos de amizade distintos, muito mais gente do que eu esperava. Enfim, foi um momento realmente muito especial para mim, mas daquilo tudo apenas ficaram algumas boas lembranças e poucas fotos.

Este ano não quero festa. Quero apenas meus amigos mais próximos e a minha família reunida. De presente quero apenas que Deus, além de tudo que ele me dá diariamente, me ajude a ser uma pessoa melhor. Entendo que sou falha, egoísta, carente e que fico triste muitas vezes, remoendo um passado, uma mágoa, alguém que foi sem se despedir... Sendo assim, que eu consiga retribuir o enorme amor dos que me rodeam, dos que torcem por mim. A torcida tem dado certo, coisas boas vêm acontecendo!

Dia desses eu estava tão de mal com tudo que até o frio me irritava, me agasalhei e nada do frio amenizar, meus pés gelados, meu nariz entupido, tudo conspirava contra, aí recebi da Cris a mensagem abaixo, pode ser que muitos já tenham lido, nem sei quem é o autor, mas algo em mim se acendeu e aqueceu meu espírito, na ocasião, mais gélido que meus pés. Me surpreendo com minha própria determinação, fé, amor e alegria, mas reconheço que as vezes uma simples e temporária condição climática desfavorável me derruba. Esse ano quero, além de ligações inesperadas e de felicitações espontâneas, que eu possa verdadeiramente agradecer e reconhecer o valor da VIDA.


 
Agradecimento a Vida

Se pudéssemos ter consciência do quanto nossa vida é efêmera, talvez pensássemos duas vezes antes de jogar fora as oportunidades que temos de ser e de fazer os outros felizes.

Muitas flores são colhidas cedo demais.

Algumas, mesmo ainda em botão.

Há sementes que nunca brotam e há aquelas flores que vivem a vida inteira até que, pétala por pétala, tranqüilas, vividas, se entregam ao vento.

Mas a gente não sabe adivinhar.

A gente não sabe por quanto tempo estará enfeitando esse Éden e tampouco aquelas flores que foram plantadas ao nosso redor.

E descuidamos. Cuidamos pouco. De nós, dos outros.

Nos entristecemos por coisas pequenas e perdemos minutos e horas preciosas. Perdemos dias, às vezes anos.

Nos calamos quando deveríamos falar; falamos demais quando deveríamos ficar em silêncio.

Não damos o abraço que tanto nossa alma pede porque algo em nós impede essa aproximação.

Não damos um beijo carinhoso "porque não estamos acostumados com isso" e não dizemos que gostamos porque achamos que o outro sabe automaticamente o que sentimos.

E passa a noite e chega o dia, o sol nasce e adormece e continuamos os mesmos, fechados em nós.

Reclamamos do que não temos, ou achamos que não temos suficiente.

Cobramos. Dos outros. Da vida. De nós mesmos. Nos consumimos.

Costumamos comparar nossas vidas com as daqueles que possuem mais que a gente.

E se experimentássemos comparar com aqueles que possuem menos?

Isso faria uma grande diferença!

E o tempo passa...

Passamos pela vida, não vivemos.

Sobrevivemos, porque não sabemos fazer outra coisa.

Até que, inesperadamente, acordamos e olhamos pra trás.

E então nos perguntamos: e agora?

Agora, hoje, ainda é tempo de reconstruir alguma coisa, de dar o abraço amigo, de dizer uma palavra carinhosa, de agradecer pelo que temos.

Nunca se é velho demais ou jovem demais para amar, dizer uma palavra gentil ou fazer um gesto carinhoso.

Não olhe para trás. O que passou, passou.

O que perdemos, perdemos.

Olhe para frente!

Ainda é tempo de apreciar as flores que estão inteiras ao nosso redor.

Ainda é tempo de voltar-se para dentro e agradecer pela vida, que mesmo efêmera, ainda está em nós!

terça-feira, 8 de junho de 2010

RECOMEÇO


Decisão tomada, proferida e as perguntas que mais ouvi foram: “Mas você está bem?” e a segunda: “Aconteceu alguma coisa?” e as minhas respostas sempre foram as mesmas: SIM! Eu estou bem. E NÃO! Não aconteceu nada. Verdade que a quem merecia eu sempre complementava a resposta e dizia: Nada pontual, nada decisivo, não houve uma “gota d’água”, mas houve um ponto final. E assim tinha que acontecer um dia.

Findou-se meu tempo na Livraria Cultura. Muito a agradecer e muito a lamentar...
Naquele lugar eu vivi o mais feliz e o mais triste dia da minha vida. Conheci a melhor e a pior pessoa do mundo. Aprendi muito e ao mesmo tempo não aprendi nada que esperava aprender. Mas é isso, as expectativas me pertenciam e só a mim cabia avaliar se foram superadas.
A Lidiane, sempre ácida com as palavras, não podia sair de lá sem dizer nada. Mas faltou muito dizer a quem ficou, além do... “AQUELE ABRAÇO PRA QUEM FICA!”
Um dia, na volta para casa, dentro do ônibus uma pessoa muito importante despretenciosamente, acho eu, me perguntou: “Porque você ainda trabalha na Cultura? É notório como você se tortura todos os dias.” Nem sei se as palavras foram ditas nessa ordem, mas compreendi o que quis dizer. Ele desceu do ônibus e antes, como sempre, disse ainda alguma bobagenzinha maliciosa, que ele sabe que eu adoooro! Fui o restante do caminho pensando nisso, desta vez não em sua maliciosidade, mas sobre o fato de estar a tanto tempo me torturando.
Por um tempo, mais precisamente durante cinco anos eu duvidei, mas com suas palavras percebi que sempre é tempo de recomeçar. Entendi que em qualquer situação posso abrir novas portas, conhecer novos lugares, novas pessoas, ter outros sonhos.
Foi isso que fiz: renovei meu compromisso com a vida e renasci para alcançar a felicidade!
Depois que se toma uma decisão como essa não importa quem te feriu, o importante é que você ficou de pé. Não interessa o que faltou, já que tudo pode ser conquistado, ou reconquistado.
Passei a não me importar com quem me traiu, o importante de verdade, é que eu fui fiel.
Procurei não lamentar por quem se foi e não me esperou ou nem se despediu, cada um tem seu tempo.
Tomar decisões como essa dói e como dói. Não reclamo da dor, ela está sendo minha conselheira e a cada minuto me chama de volta ao caminho.
Enxerguei que o mundo está cheio de novas oportunidades e possibilidades. Entendi tudo o que quis me dizer dentro daquele ônibus: “As portas se abrem para os que não têm medo de enfrentar as adversidades da vida, para os que caíram, mas se levantam com o brilho de vitória nos olhos!”
O medo é inevitável, porque não sei ainda o que vou encontrar lá na frente, se será necessário voltar, mesmo derrotada. O que importa é que sei que há um caminho. O que tenho hoje é uma legião de bons amigos, um sonho na alma, fé no coração e muita esperança na mochila! Obrigada por seu questionamento mordaz e cortante... e


“AQUELE ABRAÇÃO PRA QUEM FICA!”