segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Pequeno inventário de sentimentos

Dica: Assista o vídeo e só então leia o texto...
Acho que nunca contei a ninguém, mas eu choro (literalmente) ao escrever cada texto destes que coloco aqui. Vários outros foram escritos e não estão aqui. Certeza que não houve lágrimas. E por isso aqui não cabem. Não que este seja o critério merecedor escolhido por mim para que possa ocupar essa página, mas é que certamente não mexeram comigo e se não mexem não tem razão de serem publicados.

O de hoje, especialmente, mexeu muito. Desde ontem escrevo uma linha e paro. Não é culpa da ausência de inspiração, pois a matéria prima deste é para lá de inspiradora. O motivo é que envolve tantos sentimentos virados e revirados que me falta as palavras certas e o encaixe perfeito que faz jus.

Amo ter por perto o sorriso mais sincero que passou por minha existência e que só o Gut sabe oferecer sem cobrar nada em troca. Adoro como a Karen me diverte, me acalma, joga minha auto-estima lá em cima e me perdoa com uma facilidade ímpar, mesmo quando a deixo sozinha na boate e vou embora com um recém conhecido. Mas o que eu gosto mesmo nela é a maneira de dizer coisas sem pudor com o olho direito carregado de malícia e o esquerdo de ingenuidade de alguém que só quer ser feliz e nada mais. Gosto da sinceridade genuína da Adriana e do abraço sempre carinhoso do Raphael. Me conforta a presença forte da Cleo na vida do rabujento e adorável Uilson, que sempre sintoniza a maneira engraçada de se comunicar com a seriedade nos momentos necessários. O motivo do post além de declarar mais uma vez o meu amor incondicional a vocês é sem dúvidas um manifesto de agradecimento a Deus e a vocês por tudo que são e que se permitem. Não esqueci do Leo, nem da Denise, mas é que falar de si mesmo é complicado e vocês são o que eu sou... Ou pelo menos o ser-humano que eu gostaria de ser, assim mesmo com esse monte de defeitos, mas carregados de qualidades e sensatez. Mas e a Ju? Mais complicado ainda pois ainda não há na língua Portuguesa adjetivo capaz de qualifica-la. Muitos falam da doçura, até exagerada, da maneira como conduzo os meus relacionamentos. Isso porque não conhecem ou não conviveram com a Ju. Que me ensinou o significado de tantas palavras (nem estou falando da PICAMALÁCIA) que eu sabia que existia, mas nunca tinha vivenciado os verdadeiros significados como por exemplo: decência , retidão e equidade. Que o que nos une seja eterno enquanto dure e que dure infinitamente.

domingo, 13 de fevereiro de 2011

E eu que...


Como um efeito de mágica ou de retrocesso de afeto, aquilo que em outras noites a fez sorrir com a mais branda das ternuras, agora começa a sumir.

Aquilo que a fez mergulhar num mar de prazer agora escorre ralo abaixo. Como pude deixar isso acontecer? Logo eu, que amo com todo o significado que esse nome carrega. Acordei e já não encontrei mais o amor que estava ali há poucas horas.

Eu que acordei com desamor, não me arrependo. Amei secretamente e deixei de amar ao ser descoberta. Amei porque era distante e deixei de amar porque se aproximou. Eu que amo as coisas simples e os pequenos gestos, me desagradei com as grandes demonstrações de afeto

Eu que sempre tive muito mais medo de ser amada do que de amar. Muito mais medo da entrega do outro do que da minha própria. Acordei prometendo não amar mais até o próximo amor que mereça esse desvario.

Eu que sempre demonstrei demais, acordei com a frieza dos sensatos. Eu que escrevo lindas cartas de amor acordei e me desnudei em um duro bilhete de desamor.

Eu que me aproprio do amor sentido pelos grandes poetas e compositores não encontro mais as palavras certas para demonstrar o significado de algumas sensações.
 
"Sou a esperança perdida, o sonho não realizado.
Sou o desamor que ainda ama.
A alma que perambula por sua vida." (Sergio Fajardo)