segunda-feira, 5 de setembro de 2011


Já são quase quatro meses sem postagens. Não que eu não tenha nada importante a compartilhar ou que tenha ficado todo esse tempo sem escrever nada. Acho que a ausência de publicações se deve mais a este período de mudanças do que a qualquer outra coisa. Comento com a Sheilinha, que é quem está literalmente ao meu lado no dia a dia: “Cortei os longos cabelos, aboli as unhas compridas, coloquei alguns pontos finais, alguns pingos nos i’s, parei de beber cerveja, emagreci 8kg e mudei de atitude”. Continuo a mesma Lidi, chorona, emotiva, amiga, com TPM, que gosta de estudar, de trabalhar, de estar com a família e com os amigos. Mas algo em mim mudou, ainda não sei bem o quê e se a mudança é para melhor, mas tem sido bom...
Atrai desse modo coisas boas. Tenho que acreditar nisso. E acredito! Tudo que vem, vem por uma razão, vem para ensinar, vem para somar... Se assim não for, a culpa é minha.
Fim de relacionamento, seja ele qual for e de que tipo seja, é sempre fim e fim é doloroso. Só o fim do sofrimento não é. E relacionamento sofrido tem mais é que a acabar. E não é que acaba? Acaba quando a gente quer o fim. Quando a gente quer o ponto final, a página virada, a vida nova. E eu quis!
Uma das melhores coisas da vida é ficar só. Você pode ouvir as músicas que quiser, pode ficar com a casa arrumada ou bagunçada, pode se vestir bem ou confortavelmente, ficar com salto alto ou de pé no chão... Nunca fui do tipo que precisa estar colada em alguém, gosto de ler meus livros, ver meus filmes, arrumar meu quarto quando bem sentir vontade, ouvir meus sambas, meu Chico Buarque, minhas músicas católicas e muitas dessas coisas não dão para fazer acompanhada, só dá para fazer só...
Mas aí vem o destino, os astros ou o próprio Deus e muda tudo o que você tinha planejado. O que fazer diante disso? Acordar com um sorriso gigante em plena segunda? Isso mesmo. E por quê? Porque o fim de semana foi especial, cheio de bons encontros...
Li logo cedo, em um livro de cabeceiras, uma frase atribuída a Nietzsche: ”Odeio quem me rouba a solidão sem em troca me oferecer verdadeira companhia!” Muito prematuro avaliar se duradoura tal companhia será, mas verdadeira foi. Pelo menos de minha parte. E pelo menos eu senti isso na doação de um abraço aconchegante... e viva os apertos de mão acompanhados de olho no olho.