quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Retrospectivas



Para o Brasil e para o mundo 2009 foi...
O ano em que o STF decidiu que para ser jornalista não precisa ter diploma.
O ano de Barack Obama, o príncipe negro que ganhou o prêmio Nobel da PAZ e que veio ao Brasil e declarou: “Lula é o cara”.
O ano das crises financeiras, da queda da bolsa de Nova York e do índice Dow Jones, ano do IPI reduzido para veículos novos e depois para a linha branca.
O ano que caiu um Boeing da Airfrance e vitimou 58 passageiros Brasileiros do vôo 447.
Ano em que uma Brasileira envergonhou o mundo simulando um ataque de ‘skinheads’ na Suíça.
Ano da morte de Clodovil, Farrah Fawcett, Lombardi e Michael Jackson.
O ano em que Adriano, ‘O Imperador’, voltou ao futebol do Rio.
Ano em que Max foi o vencedor do BBB 9.
O ano em que a ministra Dilma Rousseff anunciou ser vítima de um câncer linfático e passou a usar perucas.
O ano em que o cineasta Roman Polanski foi preso por pedofilia.
O ano da gripe suína.
Ano em que as provas do ENEM foram roubadas.
Ano em que Romário foi preso e Dado Dolabella também.
O ano dos bebês de Ivete Sangalo e Gisele Bündchen.
Ano do Flamengo hexacampeão Brasileiro e da seleção Brasileira campeã da Copa das Confederações.
O ano em que numa ação, promovida pelo WWF, 88 cidades do mundo apagaram as luzes em protesto contra o aquecimento global.
Ano de shows da Madonna no Brasil e do Iron Maiden em Brasília.
O ano em que o Rio de Janeiro e o Brasil ganharam a candidatura à Sede das olimpíadas de 2016.
Ano que encontraram agulhas no corpo de uma criança e dinheiro escondido nas meias de um parlamentar.
Ano que caiu a mascara do governador da Paraíba e de Brasília.
O ano do pré-sal.
O ano de César Cielo, do dopping de Daiane dos Santos e da mola do carro de Rubinho no capacete do Massa.

Para a astrologia 2009 foi...
O ano regido pelo sol.
Ano protegido pelo anjo Raziel.
Ano colorido de laranja, amarelo e dourado.
O ano do boi para os chineses.
Ano que começou numa quinta-feira e acabou numa quinta-feira.
Ano do número 2.
Ano da astronomia.

Para mim 2009 foi...
Um ano que definitivamente percebi que ninguém nasce sabendo nada, mas a vida traz quem te ensine e que aprender é opcional.
Ano de entender que existem escolhas a serem feitas e que optar pelo correto nem sempre nos satisfaz plenamente, mas é o que tem que ser feito.
Ano que me ensinou que levar tapas na cara é mais normal do que se pensa, mas que deixar que eles te derrubem é fraqueza. E que aprendi que se cair, devo me fortalecer pois sempre haverá alguém a sua espera aqui em cima.
Um ano em que descobri que algumas pessoas bem próximas a mim usavam máscaras, mas elas caíram e aí veio o desafio de voltar a acreditar no ser - humano e nas coisas que dizem.
Ano de fazer novos amigos, de reatar antigas relações e de reencontrar afetos.
Ano que vi que posso viver sem ter um grande amor, mas que ele existe só ainda não chegou a hora de se revelar, mas que sempre tem alguém que nos ama.
Um ano com percas irreparáveis, que abriram um buraco em minh’alma.
Ano de despedidas sem adeus, sem um último beijo...
Ano que me olhei no espelho da vida e tive um monte de respostas que há muito eu vivia procurando.
Ano de entender meus motivos, aceitar meus limites, meus medos e inseguranças.
Ano que desejei muitas e muitas vezes não ser como fui, mas que entendi que sempre fui o melhor que pude.
Um ano que vi que as mãos que me agarraram com força na hora do naufrágio nem sempre eram as mesmas que me convidavam para as festas.
Ano que compreendi o sentido de frases antigas, como: “Você faz uma festa sem ter R$1,00, mas não sem amigos.” “Melhor ter amigos do que ter dinheiro.” “Você pode ter conhecidos para lotar o Maracanã, mas os amigos verdadeiros você conta nos dedos das mãos.”
Um ano em que vou guardar comigo cada lembrança, cada momento, cada dor, cada decepção, cada pedra jogada. Mas guardo também cada sorriso sincero, cada abraço generoso, cada palavra de conforto, cada flor que me doaram enquanto eu trilhava meu caminho e toda torcida dos que me amam de verdade.
Ano em que muitas vezes houve vontade de desistir.
Ano em que senti que o desamparo era minha maior companhia.
Ano que declarei luto sem haver morte física alguma.
Ano que chorei sozinha na hora do banho na esperança que minhas dores fossem junto com a água pelo ralo.
Ano em que me usaram (litrealmente) e abusaram da minha boa vontade e generosidade.
Ano em que ganhei presentes que eram para outros e que zombaram de mim pelas costas.
Um ano que eu parei e pensei: “Isso simplesmente não poderia ter acontecido!”
Ah, foi o ano em que o Thi saiu da LC e que o Tchesco voltou.
Ano em que a Carol operou o pé esquerdo exatamente um ano após operar o direito.
Ano que o Léo ficou noivo da Dri e que eu me tornei madrinha oficial dessa união.
O ano do nascimento de João Miguel, Júlia Gabriela, Martina e Pietro.
Ano em que seu Joaquim completou 90 anos.
Ano que minha tia Marlise se aposentou e minha tia Jacqueline foi ao Japão matar saudades do Thiago e da Elizangela.
Ano em que eu e meu irmão fomos padrinhos de casamento da Daiane e do Rafael.
Ano dos casamentos da Vivi e do Marcio e do Brunno e da Camila.
Foi o ano que passei o carnaval nas praias do Nordeste, que conheci as dunas de Genipabu e a casa do Rapha em João Pessoa.
2009 foi o ano da minha FÊNIX...

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Natal.....

Texto do ano passado, mas com um significado importante por muitos Natais!




Fica meu desejo de que ninguém esqueça o dono e o sentido da festa, mas que em contrapartida seu nome não seja levado em vão e que o Espírito Santo encha a vida dos bons de coração com sua graça, sua luz e principalmente sua PAZ!!!

Estou preparando a minha árvore de Natal. Quero que ela seja viva, mas não quero que seja exterior. Eu a quero dentro de mim. Tenho medo das exterioridades. Elas nos condenam. Ando pensando que o silêncio do interior é mais convincente que o argumento da palavra.


Quero que minha árvore seja feita de silêncios. Silêncios que façam intuir felicidade, contentamento, sorrisos sinceros.

Neste Natal não quero mandar cartões. Tenho medo de frases prontas. Elas representam obrigação sendo cumprida. Prefiro a gratuidade do gesto, o improviso do texto, o erro de grafia e o acerto do sentimento. A vida é mais bonita no improviso, no encontro inesperado, quando os olhares se cruzam e se encontram.

Quero que minha árvore seja feita de realidades. Neste Natal quero descansar de meus inúmeros planos. Quero a simplicidade que me faça voltar às minhas origens. Não quero muitas luzes. Quero apenas o direito de encontrar o caminho do presépio para que eu não perca o menino Jesus de vista. Tenho medo de que as árvores muito iluminadas me façam esquecer o dono da festa.

Não quero Papai Noel por perto. Aliás acho essa figura totalmente dispensável! Pode ficar no Pólo Norte desfrutando do seu inverno. Suas roupas vermelhas e suas barbas longas não combinam com o calor que enfrentamos nessa época do ano. Prefiro a presença dos pastores com seus presentes sinceros.

Papai Noel faz muito barulho quando chega. O papai Noel chega derrubando tudo. Suas renas indisciplinadas dispersam as crianças, reiram a paz dos adultos. Os brinquedos tão espalhafatosos retiram a tranquilidade da noite que deveria ser silenciosa e feliz. O grande problema é que não sabemos que a felicidade mais fecunda é aquela que acontece no silêncio.

É por isso que neste Natal eu não quero muita coisa. Quero apenas uma razão que me faça acreditar que a noite poderá ser verdadeiramente feliz. Neste Natal eu não quero muito. Quero apenas dividir com os meus o desejo mais intenso de que a vida vença a morte. Talvez seja por isso que ando desejando uma árvore invisível. O único jeito que temos de vencer a morte é descobrindo a vida nos pequenos espaços. Assim vamos fazendo a substituição. Onde existe o desespero da morte eu coloco o sorriso da vida.

Façam o mesmo!

Descubram a beleza que as dispersões deste tempo insistem em esconder. Fechem as suas chaminés. Visita que verdadeiramente vale à pena chega é pela porta da frente.

Na noite de Natal fujam dos tumultos e dos barulhos. Descubram a felicidade silenciosa. Ela é discreta, mas existe! Eu lhes garanto!

Não tenham a ilusão de que seu Natal será triste porque será pobre. Há mais beleza na pobreza verdadeira e assumida que na riqueza disfarçada e incoerente. O que alegra um coração humano é tão pouco que parece ser quase nada. Ousem dar o quase nada. Não dá trabalho, nem custa muito...

E não se surpreendam, se com isso, a sua noite de Natal tornar-se inesquecível.

domingo, 6 de dezembro de 2009

...



Você não é o primeiro a me pedir para lhe escrever um texto, mas talvez o primeiro a quem eu atenda o pedido...



A matéria prima do texto de hoje é alguém muito importante na minha vida, embora eu nunca tenha lhe dito isso, acho que mais por falta de oportunidade do que de vontade ou de motivos para isso. Acontece que assim caminha a maioria da humanidade, e eu não sou nem um pouco diferente, ficamos esperando o momento oportuno, a hora certa e aí vem a vida, o destino ou as circunstancias e se encarregam de nos afastar, de nos roubar a intimidade e a liberdade tão cuidadosamente adquirida. Antes que isso me aconteça quero que de alguma maneira saibas do que digo, que entenda meus motivos e reconheça minhas razões.


Entenda que você é meu mau humor mais gostoso, minha teoria mais completa, minha confiança mais segura, meu bem-estar predileto... Reconheça que é minha emoção mais dolorida e verdadeira ao compartilhar a ausência de nossas mães. O cuidado que preciso, a atenção que sempre esperei, que não houve alguém capaz de dispensar e que eu já tinha desistido de acreditar que existia. Saiba que é minha diferença mais semelhante. Meu paradoxo mais delicioso. Interessante por si só, alguém que se basta e por isso é capaz de ser completude para os outros, merecedor de admiração e de inspiração.


Muito obrigada por todos esses anos de convivência pacífica, intensa e recíproca! Sou incapaz de retribuir aquela declaração de amor literalmente inebriante... Que talvez nem se lembre das palavras, pois você sim poderia estar tão embriagado, eu nem tanto! Fui permissiva, mas meu consentimento foi totalmente consciente, desejoso de suas atitudes. E assim quero ter você na minha vida por todos os dias até que eles se findem e quando isso acontecer que fique a nossa certeza de que fomos o melhor um para o outro sem qualquer mágoa e sem arrependimentos com toda dedicação possível.


Torna importante, fundamental, especial e carregado de significado cada gesto, cada palavra, cada toque... mesmo que negado, mesmo que disfarçado ou sem intenção. Que a sensibilidade de perceber as necessidades um do outro nos cerque para todo o sempre. Amo você seu enjoado!


"Nós dois que sequer nos parecemos

E não cabemos num mesmo espelho

Mas nos olhamos toda manhã..."