domingo, 2 de outubro de 2011

Mais um da série: Textos que eu gostaria de ter escrito!



Não gosto de escrever posts com temas polêmicos. Não gosto de ficar incitando discussões até porque já disse em outras oportunidades que me reconheço uma “cabeça dura” convicta. Sempre ouço o que o outro pensa, respeito e até admiro, mas muito raramente submeto meu ponto de vista a mudanças. Não que eu pense ser perfeita, mas nasci assim: convicta, teimosa, opiniosa. Pode ser evolutivo ter que mudar tal traço, mas ainda não sei como colocar em prática sem me sentir violentada, agredida.

O post de hoje é polêmico a medida que traz a tona um assunto que mexeu muito comigo e com os meus colegas da faculdade. O assassinato de uma estudante, como nós, cometido por um de nossos Mestres. O assunto pipocou na imprensa local, nas redes sociais e até mídias internacionais citam o fato. O objetivo não é expor ninguém, mas nos fazer refletir sobre a vida, sobre sua fragilidade. Que é, e sempre foi, o objetivo deste blog.

Como disse num comentário no facebook o que é dito nas redes sociais e a velocidade da informação não estão sob meu controle, nem de ninguém. Então, como cada um fala o que quer, tem quem se revolte, tem que se compadeça com a família dos envolvidos, tem que defenda o professor e tem que acha que sabe tudo das coisas. Como disse um também professor em um desses comentários no facebook: “ Ninguém sabe nada!” O recado foi para mim... E eu não sei nada mesmo, mas sei reconhecer aquilo que me fere como ser humano, aquilo que me causa entranheza e sei ainda que nunca vou achar um homicidio coisa natural, que todos somos assassinos em potencial e que ele deve ter seus motivos para ter cometido tal ato.

Isso não é julgar, entendo perfeitamente que isso cabe a Deus e aos magistrados, o professor tem sim direito ao devido processo legal, ter garantido o contraditório e ampla defesa, mas pode sim ser submetido à comentários de repúdio ao ato sem que isso configure um julgamento antecipado. A população indignada que não tem a obrigação, imputada à magistratura, de agir com imparcialidade nesse momento. Admito que mesmo para mim, que estudei jornalismo e aprendi o que é imparcialidade e agora estudante de direito estou ciente dessa necessidade, ser difícil a total imparcialidade. Complicado para um cristão ver uma vida ceifada de modo brutal e ter a certeza que a justiça será feita apenas baseada no atual ordenamento jurídico brasileiro, cheio de brechas. Já ouvi de tudo, até que eu estou buscando a profissão errada, pois ajo com a emoção. Pode até ser, mas é o futuro quem dirá isso. O esforço para chegar lá é só meu e se ele não for valer a pena, só a mim cabe essa mensuração.

Como diz o título do post, abaixo segue mais um texto da série: coisas que eu gostaria de ter escrito... Transcrevi parte da nota do autor, do livro Código Penal Comentado, do jurista Rogério Greco. Reconheço o caráter laico do Estado, no entanto, sou Católica, estudei em colégios de freiras e padres durante toda a vida e isso contribuiu significativamente para a minha formação. Por isso me emociona sempre que leio textos de quem consegue trazer Deus para sua realidade e sua inspiração. Suprimi parte do texto, citações bíblicas, válidas, mas muito longas. O transcrito traz bastante do que penso e do que quero para mim. Fica a reflexão. Um abraço!


A humanidade caminha para o fim. Os meios de comunicação divulgam, quase que diariamente, atrocidades cometidas pelo ser humano. Filhos que matam os próprios pais, violência nas ruas, tráfico de drogas financiado pelas elites, políticos corruptos que, mediante a subtração de dinheiro público, fazem com que milhares de pessoas padeçam nas filas dos hospitais, crianças não tenham merenda escolar, remédios não cheguem às farmácias.

O homem, por opção própria, resolveu afastar-se do seu Criador. O meio jurídico, principalmente, vive na sua soberba. Pessoas arrogantes acreditam, muitas vezes, que o cargo que ocupam as faz melhores do que as outras. A inteligência, o conhecimento, o reconhecimento e a sensação de autossuficiência têm o poder de nos afastar de Deus e fazer com que tenhamos vergonha da Sua Palavra.

Criamos a ilusão de que nossas teorias jurídicas conseguirão, de alguma forma, resolver os problemas pelos quais a sociedade tem passado, embora, no fundo, saibamos que somos impotentes, pois o problema da humanidade não se resolve com leis.

O problema do homem está dentro dele. Embora rico, transformou-se em um miserável, pois resolveu virar as costas para Deus. Tudo foi criado por Deus para o nosso prazer. Nós, como filhos dEle, temos direito à sua herança. Se os homens tivessem conhecimento da grandeza e das verdades constantes da Palavra de Deus, entenderiam que Ele sempre tem o melhor reservado para nós.

Privamo-nos de tudo o que Deus tem reservado de bom para nós, simplesmente pelo fato de não O conhecermos. Homens têm o coração endurecido e quando têm um encontro verdadeiro com o Senhor, tornam-se amorosos; aqueles que vivem da prática de crimes já não tornam a delinqüir; enfim, quando o homem se voltar novamente para Deus, a humanidade se transformará. Não haverá necessidade de leis punindo este ou aquele comportamento, pois o homem, naturalmente, terá em seu coração o desejo de não fazer o mal.

Tenha certeza de que, no dia em que a humanidade fizer a opção de retornar aos braços, ao aconchego de seu Criador, já não haverá mais necessidade do Direito Penal. Que Deus abençoe você! Rogério Greco