sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Estou cansada!

Semaninha complicada, que não quer acabar....
Estou cansada!
Cansada mesmo e não é preguiça, embora confesse que este seja meu pecado capital mais praticado. Também sei que não é só cansaço físico ou de uma coisa só, alias mais fácil seria estar cansada de trabalhar, por exemplo, porque aí férias resolveriam meu problema. Tenho tentado, de verdade, ser uma pessoa melhor a cada dia e esse esforço também tem me cansado e tem me tirado as forças... Ser o SER que eu quero ser dá trabalho. Sei que vale a pena, vale muito a pena, mas dá um trabalhão. Ser tolerante com os que erram feio e bastante; Ser amável com que lhe é falso; Ser caridoso com quem te esnoba; Ser gentil com quem lhe trata com rispidez; Ser sorridente enquanto a alma sangra... É bem verdade que nem sempre consigo ser assim, mas tenho lutado, e é trabalhoso e é cansativo. Mas continuarei tentando, sentimentos e atitudes nobres nos aproxima de Deus e Ele, só Ele é capaz de nos dá o descanso e o refrigério necessário! Lembrei-me de um poema de Alváro de Campos, um dos heteronomios de Fernando Pessoa. Quando estudava o ensino médio cheguei a odiar Fernando Pessoa por causa desses heteronomios, não entendia porque alguém com toda aquela capacidade poética precisava criar personagens para si mesmo, mas aí chegou o momento de estudar Alváro de Campos e todas as vezes que me percebo numa fase intimista lembro-me deste poema mais famoso dessa sua fase idêntica à minha. Fase em que Alváro (ou Fernando, sei lá) se sente vazio, marginal, incompreendido, fechado em si mesmo, angustiado, descrente, nostálgico, estranho e perplexo, enfim CaNsAdO como eu...
“Estou CANSADO, é claro, Porque, a certa altura, a gente tem que estar CANSADO. De que estou CANSADO, não sei De nada me serviria sabê-lo, Pois o cansaço fica na mesma. A ferida dói como dói E não em função da causa que a produziu. Sim, estou CANSADO, E um pouco sorridente De o cansaço ser só isto — Uma vontade de sono no corpo, Um desejo de não pensar na alma, E por cima de tudo uma transparência lúcida Do entendimento retrospectivo... E a luxúria única de não ter já esperanças? Sou inteligente; eis tudo. Tenho visto muito e entendido muito o que tenho visto, E há um certo prazer até no cansaço que isto nos dá, Que afinal a cabeça sempre serve para qualquer coisa.” (Alváro de Campos)

Um comentário:

  1. Ora ora se não é a intelctual tatuada mais linda de brasilia por aqui!!!! kkkkkkkkk
    bjao, gata!!!!!!!!!!

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