quinta-feira, 28 de abril de 2011

" Este corpo no final será misturado com a lama. Porquê permanecer na arrogância?" (Kabir)
A Ju sempre tem uma observação sobre o meu modo de criticar as coisas e as pessoas. Ela sempre se compara a mim quando está assim, muito observadora e exigente. O Eduardo ainda nem me conhece direito e outro dia comentou sobre o meu olhar crítico, como ele mesmo definiu esses meus apontamentos sobre pessoas e situações. Hora de pensar no limite entre a diferença entre ser arrogante e ter um teor crítico apurado.
Não me considero arrogante. Hoje, num treinamento no meu trabalho, outro Eduardo falava sobre o que a gente considera e sobre o que de fato o outro pensa sobre a gente. Fiquei com medo de parecer arrogante e me assemelhar a seres esnobes que eu abomino. Difícil limite, complicada reflexão.
Pensei que talvez fosse melhor mesmo ser mediana, não faria tanta diferença nesse mundo em que quase tudo se aceita. Talvez, quem sabe se o conformismo fosse meu companheiro, as coisas não seriam mais fáceis para o meu lado?
Para quê tanta persistência, tanta indignação diante do que não se concorda? E por que não se concorda? Por que eu tenho que questionar o tempo de 2h para se realizar uma prova que merecia o dobro? Por que eu não acho normal as pessoas furarem fila ou andar no acostamento só para se livrarem do engarrafamento? Por que eu fico tão magoada com a maldade do ser humano se eu aprendi na pele que ele é ruim por natureza?
Mesmo falha, mesmo caindo e tendo que bater a poeira do corpo e seguir em frente com minhas derrotas e sabendo que sou muitas vezes injusta e ingrata não consigo achar certas coisas naturais, assim como é o envelhecer. É, envelhecer é natural, a morte é natural, vai acontecer quer queira, quer não, não dependem da nossa vontade, mas o que o homem pode modificar, geralmente ele estraga, torna pior...
E não há, por enquanto, nada que me faça mudar. Sigo por aqui admitindo minha própria precariedade, meu pouco amor próprio, meu excesso de autocrítica e de crítica alheia. Sigo reclamando das roupas que visto, das raivas que sinto, das dores e da mágoa que ainda carrego e apesar dos pesares ainda persisto.
Só peço a Deus sabedoria e humildade suficiente para não me tornar ou não parecer arrogante, soberba...

2 comentários:

  1. amiga...adorei o novo "visu" do seu blog. Amei, igualmente, o texto. Quando crescer quero escrever igual você...apesar de que, pela perfeição, isso é dom e dom não se aprende nem estando velhinho, apenas se tem. Por favor nãonos mantenha sem suas reflexões por muito tempo.
    Beijo, Vivi

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  2. Vivi, amiga vou tentar melhorar ainda mais o visual, tem algumas letra brancas que dificultam a leitura e etc. Estou com saudades... Mas como a Doutora previu o DIREITO tem me fascinado e consumido todo o meu tempo e isso é porque EU é que quero ser como VOCÊ quando crescer. Obrigada por ser a INSPIRAÇÃO DOS MEUS SONHOS. Te amo! Bjoo!

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