domingo, 13 de fevereiro de 2011

E eu que...


Como um efeito de mágica ou de retrocesso de afeto, aquilo que em outras noites a fez sorrir com a mais branda das ternuras, agora começa a sumir.

Aquilo que a fez mergulhar num mar de prazer agora escorre ralo abaixo. Como pude deixar isso acontecer? Logo eu, que amo com todo o significado que esse nome carrega. Acordei e já não encontrei mais o amor que estava ali há poucas horas.

Eu que acordei com desamor, não me arrependo. Amei secretamente e deixei de amar ao ser descoberta. Amei porque era distante e deixei de amar porque se aproximou. Eu que amo as coisas simples e os pequenos gestos, me desagradei com as grandes demonstrações de afeto

Eu que sempre tive muito mais medo de ser amada do que de amar. Muito mais medo da entrega do outro do que da minha própria. Acordei prometendo não amar mais até o próximo amor que mereça esse desvario.

Eu que sempre demonstrei demais, acordei com a frieza dos sensatos. Eu que escrevo lindas cartas de amor acordei e me desnudei em um duro bilhete de desamor.

Eu que me aproprio do amor sentido pelos grandes poetas e compositores não encontro mais as palavras certas para demonstrar o significado de algumas sensações.
 
"Sou a esperança perdida, o sonho não realizado.
Sou o desamor que ainda ama.
A alma que perambula por sua vida." (Sergio Fajardo)


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